quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Abertura de Soslaio

Bem vindo a todos os que se interessarem por esses pedaços de lixo sem qualquer valor estético ou literário. 

Serei o mais breve e objetivo possível: cuidarei desse blog para poder organizar e compartilhar meus pensamentos. Aqui compartilharei contos, crônicas, comentários, análises e artigos. Tudo definido de acordo com o meu gosto.

Sim, serei extremamente egoísta na curadoria desse projeto, nada além do meu interesse adentrará esses portões. Afinal, assim como disse no objetivo, o que mais quero é organizar meus pensamentos, afim de construir pontes e conexões, descobrindo cada vez mais de mim. 

Sou do partido que quanto mais conhecemos de nós, mais aprendemos a encarar o mundo. Também sou do partido que tudo o que experimentamos não passa de uma narrativa que organizamos em nossa cabeça. Ou seja, estou junto com o iluminado filosofo Immanuel Kant, nós não conhecemos as coisas em si, mas apenas os seus fenômenos. E, mais interessante ainda, somente selecionamos aquilo que nos convém dentro de nossa própria narrativa identitária, ou na narrativa que descrevemos o mundo.
Hellblazer, N° 15. (Qual é a distância entre aquilo que representamos e aquilo que, de fato, existe?)

Assim vejo que o ato de escrever é providencial para quem se propõem a viver inserido na sensibilidade que nossos tempos demandam. São tempos doidos, tão doidos quanto as pessoas. Não há mais ruptura entre o saber cientifico e o narrativo, qualquer discurso totalizante foi solapado, os humanos estão a um passo de se tornarem verdadeiros ciborgues, a máquina é integrante dos processos de subjetivação do mundo e as próprias identidades pessoais estão fragmentadas em múltiplos "eus".

No meio dessa doidera, escrever é um porto seguro que pode nos acalmar, relaxar e induzir a reflexão, pois, infelizmente, o que mais vejo é a automatização da vida. Processos não refletidos que se interiorizam em nossas práticas. Praticamente formas de esquecermos que somos um "eu" pensante através de uma identificação com as máquinas. 

Realmente vivo numa Psychopolis...

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